10 abril, 2010

... Talvez

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Queres saber?
... (um respiro fundo)
Nos sonhos mais incoerentes
Nas noites mal dormidas
No ciúme temperamental
No beijo deixado de lado
Na alma inquieta
No medo confuso
Na mente pessimista, perturbada
Parafraseando mensagens famosas
No olho cansado, no corpo alcançado
Madrugada cortante!
... (outro respiro)
No pensamento idealista
Dentro de um coração pulsante
Que torce por entendimento.
Em um caminho solitário
Num toque desajeitado
E numa alma sozinha...
Nua! Crua! Viva,
Sem membros.
No silencio do tic-tac
Nos versos brancos
E finalmente na liberdade do caráter
TALVEZ eu Perpetre algo.
(outro respiro pra dormir)

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... E só penso

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Eu fui lá, mas minha cabeça ficou presa onde não deveria estar.
Fui lá e pronto.
Nada aconteceu, o corpo padeceu,
Não encontrou razões para gritar.
Tudo ficou fora do lugar
Eu nem sei onde deixei minha sanidade.
A exclamação tornou-se pergunta
O fogo exclamou-se
Antes aquilo, depois o isso
E o hoje fica escondido na mente, não escolhe outro lugar
Penso morrer
Penso estar viva demais
E só penso.
Nada é tão pesado, nem leve
E tudo gira, gira...
E não encontro o medo com respostas
Nem olhares ofegantes por absorção de prazeres
Só há um coração estremecendo a casa toda
Sem acordar ninguém.

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